Chama-se restauração o processo que recupera um bem, seja na sua instância histórica ou estética. A decisão sobre que intervenção o objeto deverá passar, depende de muitas variáveis, como a tipologia do objeto, seus materiais constituintes, seu estado de conservação/deterioração, a tecnologia e materiais disponíveis. É feito um diagnóstico completo da obra, são realizados exames e testes químicos, para então fazer uma proposta de intervenção. A intervenção pode-se dar no âmbito da conservação preventiva, curativa ou restauração propriamente dita. Todos os processos devem necessariamente ser reversíveis e acompanhados de documentação.
A obra aqui apresentada foi recuperada devido ao seu valor histórico e afetivo. Seguem alguns dos registros fotográficos do processo, que foi executado por Elisiane Dondé Dal Molin e Lilian Martins, orientados por Sára Fermiano, do ATECOR - Atelier de Conservação e Restauro.
A obra é uma pintura à óleo sobre eucatex, datada de 1991, e representa uma marinha. A tinta na pintura possui empastes, aguadas, pinceladas e velaturas. Apresentava perdas causadas por ataque de insetos xilófagos (cupins), desprendimentos e craquelês na camada pictórica e sujidades generalizadas.
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Perdas pontuais de suporte e camada pictórica causadas por ataque de xilófagos |
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Acúmulo de poeira na superfície da pintura |
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Consolidação da camada pictórica |
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Exame com luz ultra violeta |
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Limpeza química da camada pictórica |
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Limpeza química |
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Bastões de encáustica com pigmentos correspondentes às áreas de falta
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Preenchimento das lacunas com encáustica |
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Alguns materiais usados na intervenção: água deionizada, cera-resina, cola de coelho |
Trabalho executado por Elisiane Dondé Dal Molim e Lilian Martins, orientado por Sára Fermiano, Atecor, 2011.
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