Uma determinada loja catarinense usa como marca a imagem do Monumento “A Liberdade Guiando o Mundo”, popularmente conhecida como “Estátua da Liberdade”, e a coloca na fachada de suas lojas uma “réplica” do monumento.
Estas réplicas, ou cópias, são executadas em cimento, e pintadas de verde para imitar o aspecto do cobre oxidado do monumento original. Em algumas, há uma distorção considerável nas proporções, esteticamente deficiente, o que dá uma aparência bizarra.
Um deste elemento um tanto “kitsch”, de 30 metros de altura, está prestes a surgir no horizonte da bela Itajaí, pretensioso de agradar a demanda popular, hoje em dia tão carente de uma educação estética.
Na iminência da abertura de mais uma loja, em pleno centro urbano itajaiense, abrem-se as polêmicas: podemos “engolir” um objeto simbólico estrangeiro interferindo na paisagem urbana, em função do interesse particular de uma única empresa? Devemos aceitar uma obra de dimensões monumentais, com uma concepção não artística, portanto, não original, associada somente a interesses comerciais, aviltando a identidade artística local? Qual é o impacto de um símbolo deste na cultura?
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Por favor..nos poupe de mais uma estátua dessa... Tanto artista bom por ai....vamos investir em esculturas e não nessa "coisa ai...
ResponderExcluirChama o Pita pra colocar uma verdadeira escultura nesta terra que merece uma obra prima enão uma réplica barata.
Não apoio também. Que coloquem o Cristo Redentor em frente à loja, então! Ele, sim, é símbolo universal.
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Estão nos subestimando, imaginando que os itajaienses vão na HAVAN por ter uma estátua bizarra! Vejam o exemplo de São José, é ridícula! #estatuaNÃO
ResponderExcluirPenso que um grave problema que havia naquele local, maior do que construir uma estátua da liberdade estadunidense ou quiçá até mesmo uma réplica do palácio do kremlin de Moscou, era o esqueleto horrendo de uma obra inacabada e sem futuro algum, está sendo resolvido por uma empresa da vizinha cidade de Brusque e que agora vai gerar renda, emprego e impostos para o Município de Itajaí e seus munícipes.
ResponderExcluirAcho que devemos nos despir de preconceitos xenófobos e contribuirmos para a evolução da cultura da cidade de itajaí, mormente da cultura provinciana que opta por fechar o comércio às 18:00 horas da tarde/noite, bem como, fechar os restaurantes às 14:00 horas, se quisermos desenvolver o turismo, que é a indústria sem poluição, que gera muitos benefícios.
É preciso que acabemos com essa mania de criticar as empresas e pessoas que vieram de fora, pois as maiores empresas que Itajaí possui na atualidade são de empreendedores não itajaienses.
Vivemos numa era de globalização, quer gostemos ou não e se queremos o avanço e a modernização da cidade de Itajaí, logicamente com desenvolvimento sustentável, respeitando os valores culturais e o patrimônio histórico, devemos ser menos intolerantes com as iniciativas daqueles que estão contribuindo com a geração do emprego e da renda da gente itajaiense.
O mais bizarro é saber que o verdinho é pra imitar o cobre oxidado hahaha nunca tinha pensado. BIZARRO MSMO imitação barata. Artista criativo e gabaritado é oque não falta por SC, só fazer um concurso.
ResponderExcluirTenho muito mais com que me preocupar que com uma estátua... e acreditem Itajai ou qualquer cidade que receba esta estatua tem assuntos mais importantes para discutir, como por exemplo: o roubo dos políticos, segurança pública, infra-estrutura, etc...
ResponderExcluirTranscrevo a resposta ao questionamento por email sobre o assunto:
ResponderExcluir"Recebi alguns emails destes, uns respondi particularmente, até fazendo umas piadas, mas vejo que a discussão merece atenção. Vejo com muita preocupação a inclusão deste pseudo monumento em nossa cidade, por alguns motivos, que espero colocá-los de maneira simples.
Por questões estéticas, as cópias executadas são de qualidade discutível, que não tem a elegância dos traços da original. A tinta verde é uma alegoria tosca, nada parecido com a nobreza do cobre a qual a nova-yorquina é executada. A estátua de São José é tão precária de proporção, que se, acaso a estátua decida baixar a mão, toca os dedos do pé.
Nos critérios do conceito da original, alguém já deu uma olhada básica na wikipédia para ver o que significa? Ou fica para os historiadores da lista esclarecer... E o que isso tem a ver com loja, consumo, Itajaí... O Arco do Triunfo, os Aquedutos, a Torre Eifel, a ponte Hercílio Luz como citado em um dos emails, são importantes sim, mas é de conhecimento geral que tem uma significância histórica, num dado tempo e num dado espaço, e em um certo contexto histórico. Não penso que seja TEMPO, e nem em ITAJAÍ, bem algum citado. Já pensaram sair colocando, digamos, uma réplica de cada momumento, de vários países, porque vivemos uma realidade globalizada? Somos cosmopolitas? Desculpe, mas globalização definitivamente não é isso.
Em relação à Itajaí, creio que temos que dar mais atenção à nossa paisagem. O que vocês acham de um objeto estético, alongado, alto e verde, avistado de longe? E porque “temos” que ter uma estátua da liberdade como tem em ‘todo’ lugar. Porque temos que aceitar uma interferência visual na nossa paisagem, sendo esta um objeto de marketing? Danem-se as características da cidade por business? Já pensou se toda loja queira colocar um bagulhão na sua porta para vender a sua marca?
Sobre cópias, nem se podem ser consideradas cópias, réplicas é que não são. E são autorizadas?
Acho bem complicado um símbolo tão forte ser inserido em uma cultura, sem qualquer relação histórica. Já temos que rever as questões da poluição visual de nossas placas, temos que proteger nossos lugares identitários, nossos símbolos, nossa cultura material e imaterial. Somos dignos e capazes de ostentar monumentos que tenham relação com nossa história, e não precisamos importar outros símbolos.
Cuidar da paisagem, dos símbolos da nossa gente, da nossa identidade, neste sentido, a discussão sobre a instalação de mais uma “estátua” é salutar. É sim se ocupar com algo que ajude as pessoas. É cuidar da educação estética delas. É impedir que insiram falsos históricos que poluem nossa paisagem. É não só ajudar o vizinho, mas preocupar-se também de não sermos vistos como uma comunidade tacanha que tem uma cópia tosca de um símbolo distanciado da nossa realidade cultural.
Para quem gosta da aberração, ou acha que nenhum dos motivos acima importam, só tenho a desejar que possam um dia viajar e conhecer a verdadeira em NY.
Um abraço,
Lilian Martins
Restauradora de Bens Culturais"
Mó filho!! vai procurar no dicionário o significado de GLOBALIZAÇÃO!!! Trazer a Estatua da Liberdade pra cá é BURROLIZAÇÃO!!!
ResponderExcluirAlguém nos liberte do bibelô gigante!!!
Zacarias Martins, historiador e folclorista, versador de boi e catarina!
Não sei o real motivo para esta rede de lojas ter adotado a Estátua da Liberdade; e nem me interessa!
ResponderExcluirO que ela(a tal rede) NÃO PODE é impor à bela Itajaí sua tosca escolha.
Sugiro que a rede de lojas seja mais patriota, sem patriotada. Por que não adotar projetos de arte dos artistas catarinenses, via Leis de Incentivo Cultural? Por certo seus lucros em termos de imagem seriam bem maiores.
Força pro povo que cria, isto, sim!
Vê Domingos
ResponderExcluirParece-me que os açorianos chegaram até “as bandas norte das Itapemas” e fizeram uma ponte aérea “pros Navegantes”. Julgar a não presença açoriana em Itajaí, porque temos nomes de ruas e casarão da elite dominante da época, é de uma superficialidade anestésica!
Dizem que a tal "estautua de pernas curtas" é uma "originalidade", não sei como conseguem esse desmembramento da palavra derivada de origem!
Antes de seguir gostaria de colocar que ”tal sonho”, nem em si mesmo é original, pois já foi sonhado pelo shopping Rio e sofreu críticas do escritor Ariano Suassuna. Então de original e um sonho singular estamos na verdade é diante de uma "carioquização do ianquismo"
Qualquer criança do ensino fundamental já conhece suficientemente da nossa cultura de origem para estranhar o símbolo "imposto" a cidade de goela a baixo. (há de se lamentar previamente, o número de professores que vão levar suas turmas para uma visita a réplica monstrenga, o que vai obviamente desencadear uma falta de sensação de pertencimento, ou seja, um prejuízo cultural, no mínimo, irresponsável.
É RÍDICULO o delírio dessa empresa em insistir espalhar o símbolo do imperialismo americano pelas cidades onde instala seu comércio – Há quem sofra de tão baixa estima, que pese apenas a geração de empregos sem perceber que a contra-partida e a exploração do lucro.
As empresas do mundo inteiro estão ai com seus logo-tipos espalhados o que é mais do que normal. Lutar contra o desenvolvimento econômico e o crescimento das cidades é sandices de carolas saudosistas. Sejamos úteis.
Para se chegar diante de questão em si, temos que manter o foco na anomalia, é um símbolo estranho as origens culturais do povo, e o tamanho de geringonça numas das artérias principais da cidade nos eleva ao estado de piada internacional. Lamentável.
O tal costume servil, o sentimento de colônia agarrado as entranhas de uns “peneiras grossa” é bem normal, e tem sido moeda corrente nesses dias, desavisados que é na fraqueza do tolo que o dominador se fortalece.
Mas, cumpre-me registrar com muito orgulho a inquietação de grande parte da nossa sociedade. E volto a dizer: Se querem nos mostrar poder, ergam um “boi-de-mamão” lá em NY.
Vê Domingos
http://www.ocotidiano.com.br/2011/01/replicas-da-estatua-da-liberdade-no-rio.html
A Havan já possui a marca associada a Estátua da Liberdade.Creio que essa discussão merece respeito. Sou contra a Estátua da Liberdade nesse Local, inserida no contexto da cidade, próximo a um importante centro cutural: O teatro.A Havan realmente trouxe mais de 2000 empregos a cidade, demoliu aquela construção abandonada,limpou o cenário do descaso...Se estivessse numa BR nada contra a réplica (sem proporções estéticas) algum artista ou critico mais afoito ainda poderia se questionar: seria essa uma metáfora ou falta de estudo anatômico???? em jogo uma cópia tomando o lugar de esculturas de grandes artistas da terra, em jogo a vaidade ou o preconceito???
ResponderExcluirViajava dia destes ao longo da 101 e passava por alguns municípios onde a bizarra estátua acenava para mim e me perguntava porque ninguém nunca impediu a construção daquela poluição visual, que me agride e ofende. Dá pra ingressar com um interdito proibitório, uma ação civil coletiva, onde o interesse dos itajaienses deva prevalecer. Que se abra a loja e se derrubem as estátuas.
ResponderExcluir"É uma pena...
ResponderExcluirMais sempre que alguem levanta uma polemica cultural, Varias pessoas vao atraz, pessoas essas que pra mim sao sem Opinião...
Que venha a HAVAN, e que venha outras empresas também, só assim os moradores de Itajai irão parar de investir na cidade vizinha...Balneario...
Coloca aí uma foto da bizonha!!
ResponderExcluirTranscrevo o texto publicado no Blog "O Cotidiano" citado por um colaborador:
ResponderExcluir"Uma vez assisti uma entrevista do escritor Ariano Suassuna. Na entrevista o escritor falou que achava bizarro a réplica da estátua da liberdade na entrada de um shopping no Rio.
Dias atrás passando no local lembrei da entrevista e fiz com meu celular uma foto. A estátua fica numa das entradas do Barrashopping."
Disponível em http://www.ocotidiano.com.br/2011/01/replicas-da-estatua-da-liberdade-no-rio.html
Sobre a solicitação do colaborador anônimo sobre a inclusão de uma imagem, pedimos desculpas aos leitores, mas é contra os princípios deste blog colocar imagens desprovidas de qualidades estéticas, que possam comprometer o a composição do lay-out e interferir negativamente na leitura visual do Arte Catarina. Sugerimos entrar em sites de busca. Mesmo assim, agradecemos a vossa colaboração.
ResponderExcluirOutro link:
ResponderExcluirhttp://omundodeferdinanda.blogspot.com/2008/04/maravilha-man-nmero-7.html
http://wp.clicrbs.com.br/cacaumenezes/2010/11/09/livre-para-comentarios/?topo=52,2,18,,200,67
ResponderExcluirSempre pode piorar: já pensou se o Luciano Hang, para abrasileirar, resolve fazer uma estátua gigante da Joelma do Calypso? Seria a "Brega Guiando o Povo"
ResponderExcluirRômulo Mafra também aborda a polêmica no "Blog O menino que não machuca". Vale a visita!
ResponderExcluirhttp://omeninoquenaomachuca.wordpress.com/2011/08/30/a-sempre-polemica-estatua-da-liberdade-da-havan/
A (sempre) polêmica estátua da Liberdade da Havan
ResponderExcluirPor Rômulo Mafra
a algumas semanas (ou meses) da inauguração da loja da Havan em Itajaí, ali na rua Sete de Setmbro, próximo ao Teatro Municipal de Itajaí, a polêmica sobre a construção de uma mega-estátua réplica da Estátua da Liberdade estadunidense, já começou.
a de Itajaí, terá cerca de 30 metros, ou seja, 10 andares de altura.
É, se depender da “liberdade”, teremos essa coisa feia em Itajaí.
um tamanho significativo para ser colocado apenas como adereço, como símbolo da empresa que, em algumas cidades não a colocou (segundo eles, devido ao espaço).
porém, como bem disse meu amigo Daniel Pissetti, há uma lei que rege isso, e a própria prefeitura de Itajaí parece desconhecer, pois já declararam aos jornais que não podem interferir no assunto privado de uma empresa.
olhem o que diz a seção XII do “estudo de impacto de vizinhança” da Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001 (clique aqui para ver na página): Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões: (…) VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
e aí, pergunto, foi feito estudo de impacto visual? impacto na paisagem urbana, natural e cultura???? perguntaram ao povo do entorno se precisaria de uma estátua como essa?
ou simplesmente, “não podem se meter” em assuntos privados?
se eu quisesse construir uma mega estátua, seja lá do que for, e eu dissesse, oras, mas eu gosto, é meu símbolo ou seja lá o que for, a prefeitura não iria se meter? não iriam embargar?
se alguém quisesse colocar ali uma estátua, por exemplo, do símbolo da negação de Jesus (se não me engano, uma cruz de cabeça para baixo), será que iriam deixar? será que não embargariam usando esta lei? será que a população deixaria?
ou o símbolo do Besouro (ao lado), que significa alguém que tem poder no satanismo? aí também não poderia?
ou se quisessem colocar um símbolo, por exemplo, comunista, aí poderia? deixariam? ou aí sim, a lei funcionaria?
enfim, certas coisas podem, outras não podem… ou a liberdade (não a estátua) é igual para todos?
Disponível em:
http://omeninoquenaomachuca.wordpress.com/2011/08/30/a-sempre-polemica-estatua-da-liberdade-da-havan/
Acho que ninguém é contra a Havan não, pois trará empregos, aquecerá o comercio,vai trazer muitos benefícios sim!
ResponderExcluirMas o problema é a colocar aquela estátua medonha na Sete, isso sim é prácabá!
BC e Blumenau não tem estátua, e mesmo assim todo mundo vai na Havan! Porque tem que ter uma aqui também!
manda pro cqc
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